Sempre podemos melhorar (por quê?) por que não: PIORAR?

21 abr

Somos parte de uma multidão que, a cada série de supino, selfie no Instragram e fala no microfone do debate, mostra-se obstinadamente em busca da perfeição. Somos peças de uma sociedade cujos membros, todos os dias e publicamente, vivem a evidenciar uma constante insatisfação com aquilo que são e têm. “Sempre dá para ficar melhor!”, é uma das mentiras que virou mantra e hino matinal daqueles que, logo cedo e em frente ao espelho, dão corda às próprias frustrações.

De um lado: as revistas, os sites, os programas de tevê e os livros que vivem a propagar receitas – que mais parecem ordens – para que você consiga – em apenas dez passos mágicos – ser um humano perfeito; do outro lado: um crescente mar de gente entrando em depressão profunda após se olhar no espelho e perceber que as gordurinhas abdominais vieram para ficar e que o tempo, com creme ou sem creme, mais cedo ou mais tarde, enrugará a pele e enfraquecerá os ossos. Não há vacina capaz de nos imunizar às imperfeições. Não existe nada – nem o bisturi do Pitanguy – capaz banir as imperfeições da raça humana. E, o que muitos estão esquecendo, é que não há necessidade de existir uma cura para algo que nem doença é. Afinal, as imperfeições não passam de características ou, se preferir – como eu certamente prefiro -, de pontos de vista criados pelas nossas próprias exigências. Que tal?

http://www.casalsemvergonha.com.br/2014/04/07/pare-de-exigir-tanto-de-voce-mesmo-e-seja-mais-feliz-na-cama/

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